quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Robot Chicken e D&D

Adoro esse programa. Passou um tempo atrás no Adult Swim do Cartoon Network aqui no Brasil, mas já perdemos nosso "Frango Robô".

Apesar do título, esse vídeo não trata de uma sátira ao jogo, mas sim, os produtores, escritores e outros envolvidos (menos o Seth Green...esse eu gostaria de ver jogando!) jogando uma partida de D&D 4 edição.

O quê? 4ed?
BLASFÊMIA! -diria eu para mim mesmo.

Mas o negócio é o seguinte: serve muito bem para ilustrar alguns pontos que muitos blogs já discursaram.

Para começar, vamos falar do DM, Chris Perkins. Ele trabalhou em revistas da Wizards como a Dungeon Magazine, Dragon Magazine e Star Wars Insider, e a última notícia que consta em sua "bio" no site é de que estava trabalhando no RPG de Star Wars (que assim como as miniaturas de SW já esta com os dias contados).

A narrativa dele durante todo o jogo é tranquila e prestativa. Ensina os jogagadores as regras do jogo aos poucos, durante o desenrolar da aventura. Os personagens já estão prontos, basta os jogadores escolherem os nomes. Seu material esta organizado, então qualquer duvida que os jogadores tenham esta bem explicado em suas fichas, ou nos materiais por tras do escudo do mestre.
Preparação é algo fundamental, ainda mais quando se ensina pessoas novas a jogar!

Beleza, agora vamos falar dos jogadores.
Daquele bando, apenas uns dois já haviam tido contato com alguma forma do D&D. Mesmo assim, eles trabalham em conjunto e se divertem juntos, sem muitas conversas paralelas. Estas conversas que interrompem o jogo, ou mesmo as conversas em particular com outro joagador fora da hora ou fora do contexto, atrapalham o andamento da coisa e a diversão do grupo.
Acho importante confraternizar e contar histórias de outras experiências, mas é melhor fazer isso antes ou no fim do jogo.


E por ultimo, quanto ao jogo em si.
A história é simples e interessante, prendendo a atenção dos jogadores. Podem notar que em dados momentos, eles ficam olhando as cartas dos personagens procurando algo para fazer, ao invés de simplesmente falar o que gostaria de fazer.
Se por um lado é mais facil ter tudo anotado, por outro isso também causa certa limitação no que se refere a liberdade de imaginar ações fantásticas!

Como todos já sabem, um bom jogo não depende de sistema (apesar de ter certa influência), e este me parece ter sido um jogo deveras divertido. Contudo, será que os jogadores no futuro não ficariam presos as regras? Eles aprenderam a jogar através de uma série de regras e rolagem de dados, mas será que conseguiriam pensar "out of the box"? Confiariam apenas nos seus números ("vou fazer um teste disto" ao invés de "farei isto de tal maneira") ou conseguiriam evitar oa máximo que a ficha interfirisse em seus personagens?

De qualquer maneira, recomendo o video simplesmente pela diversão que os jogadores e o mestre estão tendo. Quem sabe um dia não veremos mais jogos de outras pessoas transmitidos assim?

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