quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Tim Kask sobre Bardos e Druídas

O usuário winemaker81 perguntou no Dragonsfoot sobre o bardo no 1ed AD&D, sobre as idéias por trás da classe e tal.
Para quem não sabe, para se tornar um Bardo na 1ed era necessário possuir uma série de pré-requisitos nos atributos, além chegar ao nível 5 como guerreiro, depois trocar para Ladrão, e depois trocar para Druida, onde na verdade, eles seriam bardos treinados por druidas.

Essa ligação dos bardos e druidas pode ser vista claramente no livro A Casa da Floresta, de Marion Zimmer Bradley, e é uma visão muito interessante (que pode ser discutida em outra postagem, caso queiram saber mais). O poder da voz como canal de magia é abordado de forma muito interessante em “Ancestrais de Avalon”, de Diana Paxson.

Bom, aqui estão algumas palavras de Tim Kask sobre o assunto:

“[...]Gary e eu éramos estudantes dos mitos e mitologia Celta, e muito interessados nos druidas.[...] Foi com um nível de druidismo que olhamos para os bardos, assim como o corpo de ficção relacionado aos bardos, trovadores e menestréis, os poetas cantores.
Estávamos trabalhando num conjunto de regras para introduzir os druidas quando Dennis Sustare nos mandou seus manuscritos brilhantemente concebidos sobre o Druida. Aquilo se tornou a primeira e única contribuição ao D&D do seu gênero: uma classe enviada por um fã que for a adotada por completo no cânone. [...]
Gary graciosamente me deu créditos por ajudar com o bardo. O que fizemos juntos foi conceitualizar o bardo e suas habilidades ideais em termos de RPGs de fantasia. Nos baseamos fortemente em algumas das sagas e eddas [N.T: poesia nórdica] assim como em Hollywood. Percorremos cada material de referencia fictícia ou histórica que pudemos encontrar, então começamos a engrandecê-lo para torná-los tipos de feitos heróicos. Uma vez que a conceitualização havia sido feita, o oficializou. [...]

(o tópico na integra está aqui)


É interessante pensar diferente. Quero dizer, no mínimo, é um exercício legal de se fazer. Quando comecei a jogar AD&D (2ed), sempre achei o Bardo um “canivete suíço”, porém de má qualidade: ele sabia um pouco de tudo, mas não era realmente bom em nada.
O Druida era um clérigo da natureza, com alguns poderes diferentes. Minha única referência era o Panoramix.
Com o passar do tempo, adquiri outras referências e creio que hoje entendo um pouco melhor o que seria o Bardo e o Druida na visão de Gygax e co. Ambos estão ligados á tradições muito antigas, preservadas com cuidado pelos círculos de membros. Um tipo de “magia divina natural”, “crua”. Uma adoração à forças primitivas, não necessariamente disformes como “Água” ou “Fogo”, mas visões primordiais de que um deus tem várias faces; construtoras e destruidoras.

Um comentário:

  1. Por isto que gosto da temática celta/arturiana.

    Em crônicas de Avalon (Conclave) se não me engano a referências a esta forte ligação entre druidas e bardos.

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