segunda-feira, 30 de abril de 2012

Jogando com Gary Gygax - parte 2


Então fomos jogar e fizemos “Henry” o Clérigo, “Hypersmuf” o Homem de Armas, “elremmen” o Mago, “Piratecat” o Elfo”, eu o Anão e acho que “Eridanis” era outro Homem de Armas mas não estou 100% certo. Rolamos 3d6 mas, numa momento que ATERRORIZARIA “diaglo”, Gary nos deixou arrumar os valores onde quiséssemos. Pouco importava pra mim porque minhas jogadas eram UMA DROGA. Só tive um 14 e um 11. O resto era tudo abaixo de 10. Minha DES era 6! Me lembro que todos os pontos de vida eram 1d6 por nível (com nossos personagens sendo de 2º nível) e que “Hypersmurf” conseguiu um par de 2, deixando seu Homem de Armas com metade  dos pontos de vida que o Mago de “elremmen”.
Gary foi tranqüilo sobre compra de equipamentos, então meu anão tinha uma armadura de placas, escudo, machado, 15 metros de corda e, é claro, um frasco de óleo. “Piratecat” tinha uma mula.
Retirado do site The Mule Abides
Gary não perdeu tempo com coisas tipo “Vocês se encontraram numa taverna”. Fomos direto até as ruínas de um castelo e lá havia entradas para a dungeon em cada canto e uma no centro. Tinha um cara lá for a vendendo “Carrinhos de Dungeon”. “Pra quê?” perguntamos. “Para colocar sua pilhagem dentro”.
“Eu levo um!” eu disse (sendo otimista). “Piratecat” rejeitou o Carrinho de Dungeon. Ele tinha uma mula. Jogamos aleatoriamente e entramos pelo canto nordeste.

Então entramos na dungeon e a felicidade começou NA HORA. “Henry” (Deus o abençoe!) tomou a liberdade de comprar um bloco de papel gráfico [N.T: ok, acho que a tradução não é essa, mas é o papel quadriculado, sabem?] e iria mapear pra gente. Ele desenha uma pequena escada no centro do mapa. Gary se inclina na mesa e diz “Vocês estão entrando pelo canto nordeste. Você pode querer começar a mapear no canto nordeste da página”. “Henry” apaga sua pequena escada e a redesenha no canto nordeste da folha de papel.

“Vocês descem as escadas e encontram um corredor. Ele segue a 9 metros para o oeste”. Então lá fomos nós além da primeira folha e “Henry” puxa outra e continua mapeando.
“A passagem leva até uma intersecção em T e vocês podem ver norte e sul por uns 9 metros”. Nós saímos do topo da segunda folha e “Henry” nos mapeou na terceira folha no primeiro minuto e meio de nossa aventura. Hilário.

De qualquer forma, fomos explorar e escutar portas, e a atravessei em uma queda num poço de 3 metros. E algo dentro de mim disse “Oh. Meu. Deus. Você acaba de cair num poço de 3 metros de Gary Gygax! Você tem sonhado com isso desde os 11 anos!!”.
Depois disso, começamos a usar o bastão de 3 metros de “Piratecat” para verificar o piso com mais cuidado.

Ótimo desenho, encontrado em Underworld Ink

 Depois de algumas voltas, viradas, salas vazias e “portas que não abrem tão fácil”, encontramos um besouro. Eba! Nós o matamos e pegamos suas coisas! [N.T: essa parte é uma brincadeira por conta da maneira que acredito que quase todos nós jogávamos, quando éramos crianças. Todos os bichos do manual tinham algum tesouro, como nos jogos de videogame]

Mais tarde encontramos um Gnoll que tentamos encantar e pegar suas coisas mas ele passou na jogada de proteção e fugiu. Nós o perseguimos até uma sala cheia de bandidos com bestas. Eles atiraram em mim. Eu tinha 3 pontos de vida.

 Eu: “Ei Clérigo, pode me dar alguma cura?”
Henry: “Estou guardando para uma situação desesperadora.”
Eu: “Tipo o que?”
Henry: “Tipo se eu me ferir.”

Com amigos como esses...


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As aventuras continuam na próxima postagem!

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