domingo, 22 de julho de 2012

Sabedorias de Mike Mornard (parte 1)

Já comentei uma vez sobre o blog "Blog of Holding". Dentre suas várias matérias interessantes, gosto particularmente de uma série entitulada "Playing D&D with Mike Mornard".

Pra quem não sabe, Mike Mornard participou das mesas de Gary Gygax (em 71, ou seja, na época embrionária do D&D), Dave Arneson e Phil Baker (conhecido também como M.A.R Baker, autor de Empire of the Petal Throne), tornando-o uma possível fonte rica na histórica do RPG.

Paul (o dono do Blog of Holding) relata várias experiências que teve como jogador na mesa de Mornard, e gostaria de trazer algumas delas pra cá (já com a devida permissão do autor). Vou colocá-las na forma de tópicos, para facilitar a leitura, mas convido os interessados a lerem as histórias por completo em seu blog.
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- Como já sabemos, era comum muitas pessoas jogarem nas mesas de Gygax. Mike tinha um personagem chamado "Lessnard", um mago que aventurou-se sozinho (pc de nível 1!) nas dungeons do castelo Greyhawk (isso por ter perdido muitos hirelings, o que tornou o ato de contratar novos algo quase impossível). O fato é que o mais comum para personagens de nivel mais baixo aventurarem-se em grupos, enquanto pcs de niveis mais altos corriqueirmente aventuravam-se sozinhos (o que torna a sobrevivência de Lessnard algo mais raro ainda).

-No início, Gary não usava mapas ou miniaturas (isso era mais atribuido a Arneson). Eles jogavam no seu escritório, e ele dispunha as gavetas do arquivo de forma que os jogadores apenas ouvissem sua voz, sem realmente vê-o. o DM era apenas uma voz sem corpo.

-Conversa fiada era desencorajada nas partidas; isso geralmente significava a morte para o personagem. Existia um clima de "tensão" no jogo, oriunda do fato de não ver o Mestre e da mortalidade de não prestar atenção no que ele explicava. Os jogadores só falavam algo que acrescentasse ao jogo, deixando o papel de porta voz ao "caller" (assim como tinha o mapeador, existia um jogador responsável por reportar ao DM as decisões do grupo. Este era o "caller").

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Em breve postarei as outras partes deste verdadeiro "mergulho" na história de nosso querido jogo. Não é sempre que podemos ler relatos do (até então) único jogador que participou das campanhas de Greyhawk, Blackmoor, e Empire of the Petal Throne com seus respectivos criadores!

Até a próxima

3 comentários:

  1. Salve Rafael!

    Mais um excelente post apresentando parte dos primórdios do d&d, parabéns.

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  2. Que doido, hein? Apesar de dar um certo quê mais de narrador de épico, acho que é não daria certo pra mim me esconder pra falar com os jogadores. Gosto de ver a reação deles, e tal. Com o screen já me sinto mal, que dirá assim!

    Altamente valorosos esses posts da história do D&D!

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    1. pois é, Dan. tanto não deu certo q nao entrou no manual :D

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