quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Dungeons & Dragons + Games Workshop


(postagem original em 08 de março de 2010, no antigo "Módulos RPG")

Quando falamos em “Games Workshop” (ou GW) a primeira coisa que vem a mente são miniaturas, sejam de Warhammer Fantasy/40K ou de Lord of the Rings, mas poucos sabem que ela já foi a representante do D&D no Reino Unido.
Tudo começou em Londres no ano de1974, quando três colegas de quarto chamados Ian Livingstone, Steve Jackson e John Peake decidiram que iriam abrira um negócio baseado em seu maior interesse em comum: jogos.




Em janeiro de 1975 surgia a Games Workshop, produtora de tabuleiros de madeira para jogos como gamão e GO.
Como um dos meios de propaganda, editaram no mês seguinte à inauguração um periódico intitulado “The Owl and the Weasel” (“A Coruja e a Doninha”) que dois anos mais tarde seria substituída pela “White Dwarf”.

(100 xp pra quem souber onde já vimos este anão!)
 
Por obra do destino, um exemplar de “The Owl…” foi parar nas mãos de Gary Gygax, que enviou um exemplar de Dungeons and Dragons (na época, em 75, era o que conhecemos hoje como “OD&D” – o primeirão!) para ser avaliado. Livingstone e Jackson adoraram o livro, adotando a até então não considerada opção “Fantasia” como o carro chefe de seus produtos. John Peake não gostou da idéia, e acabou saindo da empresa.

Livingstone e Jackson fizeram com a TSR um contrato de exclusividade de distribuição na Europa por 3 anos. Decidiram ir à GenCon de 76 (a nona edição, na qual a TSR se tornaria a “dona” do evento) e conheceram muitas pessoas que lhes abriram portas para evoluírem de distribuidora à empresa de manufatura e publicação. Em 77 passaram a publicar a White Dwarf e se tornaram a primeira empresa grande de miniaturas com a Citadel Miniatures.

A Games Workshop se tornava uma empresa tão sólida que Gary Gygax chegou a propor uma união entre a GW e a TSR, mas de acordo com Gary em entrevista ‘The Kyngdoms’,  “os Blumes os afugentaram” (referindo-se a Brian e Kevin Blume, aqueles que assumiram um débito de 1.5 milhões de dólares enquanto Gary estava fora da empresa cuidando do desenho Caverna do Dragão).

Gary acreditava tanto na capacidade dos jovens Ian e Steve que não apenas permitiu que republicassem alguns títulos do D&D como edições inglesas (para assim, aliviar os impostos que eram muito altos), como também deu permissão para que publicassem alguns títulos exclusivos e acessórios como “Dungeons Floorplan” e a série de módulos “UK”.



Inclusive, uma versão rara do livro Básico foi publicada no final de 77, utilizando os mesmos textos que a versão americana, mas com imagens e formatação diferentes, pois Ian e Steve diziam que o público não havia se identificado muito com o formato americano.


Enfim, só podemos elogiar o trabalho que a GW teve com o D&D. É uma pena pensar no que a TSR poderia ter sido, se não fossem a má administração e péssimo controle da empresa na mão de algumas pessoas incapazes e que não respeitam e não se importavam com o público.

…Isso dá um certo déjà vu, não dá?

2 comentários:

  1. Esse anão é do Hero Quest (ou First Quest?!) Bom, excelente post!

    Patesi

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  2. Esse anão é do Hero Quest mesmo! (Bons tempos)

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