quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Frank Menzter sobre Imortais



[…]
Quando cheguei no Immortal [N.T: o “I” da série BECMI], eu era relativamente livre para escrever como eu achasse interessante. Então ao invés de escrever sobre personagens de primeiro nível anabolizados (com a obsessão comum por dinheiro, fama e controle – que por sinal teriam vendido muito melhor, observando os denominadores comuns), eu me dei a um certo luxo. Escrevi sobre criaturas que transcendiam tais fraquezas mortais. Infelizmente a maioria dos jogadores não conseguia transcender essas coisas; espelhando na progressão de vendas, cada vez menos jogadores pareciam ter amadurecido [N.T: esse pensamento] comigo.

Esta mudança radical nos objetivos, junto com invulnerabilidade aos mortais (matar deuses é um absurdo arrogante, em minha opinião) e a falta de magia Vanciana (Immortals usava um sistema de pontos de poder onde você poderia usar a magia que quisesse) define a estrutura do Immortals como um jogo completamente separado, dividindo certos conceitos e terminologias. Contudo, um subsequente escritor de ficção científica [N.T: Aaron Allston, responsável por adaptar o BECMI para o RC+Wrath of the Immortals] mudou algumas das premissas removendo a barreira de interação mortal/immortal, deixando os “deuses” completamente vulneráveis as fraquezas mortais e portanto nem um pouco remotamente deificados (ele pode ter sido ordenado a fazer isso por pessoas que não entendiam o ponto. Realmente desconheço os detalhes).

Me contento em saber com certeza que o meu Immortals (em contraste do muito diferente Wrath) mostra a ultima derivação lógica do conceito de Fantasy Role Play tipo D&D, e onde ele se enquadra em toda a existência. Este era meu objetivo pessoal, independente dos objetivos passageiros da empresa, e fui sortudo em ter a chance de criá-lo de forma tão desimpedida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário