Nomes e estilo de jogo
É
interessante notarmos o "desleixo" com nomes de personagem entre os
primeiros jogadores de RPG (Gygax, Arneson, Carr, Kuntz, Ward, etc). Nomes não eram importantes, pois o que valia mesmo era viver a aventura e sobreviver aos desafios.
Não se tinha bem a noção de "campanha", de "storytelling", apenas de
continuar jogando, superar os desafios e chegar até um certo nivel. É
por isso que temos nomes "ao contrário" como "Lidabmob" ou "Drawmij" ou
anagramas e variações de nomes como "Leomund" ou "Serten".
Gygax era uma apreciador desse tipo de "trocadilho", e podemos ver claramente nos estágios iniciais do jogo.
A maioria dos trocadilhos podem ser conferidos aqui:
http://www.greyhawkonline.com/grodog/gh_anagrams.html
Por fim, Tim Kask comenta sobre isso em seu blog, explicando que os objetivos dos personagens eram os mesmo que as pessoas tinham: conseguir bastante dinheiro, comprar um lugar decente e viver o resto da vida com conforto. Em raras ocasiões eles usavam os personagens "aposentados".
Post massa!
ResponderExcluirisso me faz pensar q o D&D antigamente deveria ser um tipo de hero quest, onde o cerne era matar monstros e pegar tesouros...e me pergunto ate se havia mesmo conversas e roleplay heheh
acho q essa primeira geração nunca passou o dilema do q fazer com o personagem de quem faltou
pep, eles ate tinham uma "moral", tipo "sou o filho de um barão", ou "ex combatente do exercito", mas nao se aprofundava muito mais.
Excluirno caso do jogador faltar, ele geralmente era controlado pelo mestre, ou caso a aventura desse essa brecha, deixava o personagem na taverna, no barco, etc
Talvez,a construção dos nomes não era pensada como algo que valesse significado lotado de significação mitológica, mas se tornaram símbolos porque foram devidamente evocados. Ritual "desleixado". Supracitados Melf, Leomund, ou Mordenkainen. Cara, esse último, bem que podia ganhar um post naquele estilo "personagens lendários dos antigos", hã, diga lá? É outro que me dá curiosidade. Tou cada vez mais entranhado nas histórias da vanguarda! É o que há.
ResponderExcluirAliás, nomes evocados assim, desleixadamente, sempre dão certo. Em minha mesa tenho a seguinte ordem: nome de NPC casual penso na hora. Eu leio a primeira coisa que me salta aos olhos, e pronto: Narona (do ventilador Arno, rs), Sona (de perSONAgem) etc. Nomes de elfos masculinos NPC´s do grupo ou PJ´s meus, prefiro que levem nomes femininos sem estranheza: Sah´Rah, Lycia (mitologia) etc. Homenageio a locais e livros, sempre para pj´s ou npc´s relevantes: Tauantisuiu (Tahuantinsuyo), Vathek, Ubu, Ortranto etc, etc. Para uma "escolhida" de Chauntea, nome de instrumento musical: Harpa. Tínhamos também hábito de ler os créditos dos livros básicos e tirar a graça de lá: o mais famoso: Allan Pollack.
Tenho um atrativo por nomes. Eles vem de lá, do Reino Sem Nome dos Nomes. Onomancia tenta entrar lá, neste reino.
Um abraço,
eu tb faço, ate hoje, esse de olhar os creditos dos livros :D
Excluirnao existe muita historia sobre o Mordenkainen, mas uma boa é a aventura dele junto de Robilar na Cidade dos Deuses. Passou poucas e boas, e algumas magias teleporte salvaram o dia mais de uma vez, heheh
Caramba, muito legal! Os melhores pra mim são Serten = Tenser = Ernest (Gygax) e Tasha, a pirralhinha que escreveu uma carta em giz de cera pro Gygax :D
ResponderExcluir=D
ResponderExcluirCaramba. Tasha tinha-me passado. Que linda história! Que bela magia!!
Daí vem um freudinano: KASHA (...)
Reforçando a ideia: histórias assim são, verdadeiramente, deliciosas!
Auahauh foda. Lembro de até ter comentado isso esses dias na lista, que os caras eram fodões em tudo, menos em criar nomes.
ResponderExcluirMas isso o que vocês disseram é verdade (ou pelo menos é verdade comigo): sempre que faço um personagem com um nome "desleixado", o boneco fica excelente.
O meu exemplo mais recente foi um ladrão que fiz para uma partida de GURPS (novo), usando um dos nomes que dei aos gnomos NPCs na aventura natalina feita para o Old Dragon, postada no meu blog. O bicho ficou muito divertido!
Parabéns, Rafa. Obrigado por mais uma vez contribuir com nosso conhecimento rpgístico.