quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Jogar com apenas um jogador

Post resgatado das névoas sombrias do passado distante!

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Já faz alguns anos que jogo semanalmente com meu sócio (e amigo de infância). Eu mestro, usando 2 ou 3 personagens, e ele joga também com 3 ou 4 personagens. Já me fizeram a pergunta do título várias vezes, então vamos falar um pouquinho sobre isso.
Acredito que o método não seja incomum, mas não recordo de outros jogadores relatarem tal prática.
Gary Gygax criou Yrag, o guerreiro, mas logo em seguida fez Mordenkainen, para contrabalancear seu primeiro personagem com um mago (isso em 1974). Até mesmo em fóruns Gygax falou do uso de mais de um personagem por jogador, caso o número destes seja reduzido.
O primeiro livro de regras da Dark Sun faz uma sugestão semelhante, onde os jogadores fazem mais de um personagem e jogam apenas com um ou dois, mas os outros estariam “vagando por ai”, ou “fazendo missões”. Assim que um morresse, outro tornaria-se o “titular”.

Enfim, acredito que a prática é muito boa. O jogador mais experiente consegue desenvolver vários personagens diferentes ao mesmo tempo, e não falo apenas de classes, poderes, …
Personalidades que completam o grupo, como um “instigador”, um “pacificador”, um “lider”, um “engraçado” , etc, apenas aumentam a diversão em caso de grupos menores (ou como no meu caso, um grupo de dois!).
Enquanto os outros jogadores não podiam se reunir, Gygax mestrava apenas para Robert Kuntz (com seu famoso personagem “Robilar”), e vice e versa. Assim, eles continuam se divertindo, explorando as regras e desenvolvendo o mundo de Greyhawk, tão conhecido e apreciado.

Concluido a postagem de hoje: falta de jogador não deve ser sinônimo de falta de jogo! Apenas um jogador e um mestre criativos são necessários para muitas aventuras e diversão.

3 comentários:

  1. Meus primeiros anos (e em várias outras ocasiões posteriores) como jogador (e principalmente mestre) de RPG foram "aventuras solo", com um jogador apenas. Na época a opção de oferecer mais de um personagem por jogador não me era conhecida e o "grupo de dois" se virava bem.
    Hoje em dia acho que essa experiência me deu um olhar interessante sobre a construção de histórias e com o tempo percebi que nem todo mundo fica a vontade com grupos de jogo muito pequenos... O que para mim era algo comum, pois já estava habituado. Pelo contrário, a disputa por atenção em grupos grandes demais costumavam me aborrecer.

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    1. eu, muitas das vezes, mantenho alguma campanha paralela (normalmente com namorada ou amigos que não podem se encontrar) mestrando apenas para um jogador.
      normalmente, jogamos com um personagem apenas, onde eu vou introduzindo alguns pdms para ajudar de acordo com as aventuras, e o reencontro com eles é sempre interessante.
      no caso da minha campanha atual em grupo, ela acontece antes de uma antiga campanha que mestrava pra minha namorada, e personagens que ela conhecia e também acontecimentos daquela campanha estão influenciando e ocorrendo novamente, e dessa vez, a personagem dela é um pdm, mas não constante no grupo, apenas algumas coisas fazem referência.
      acho que é uma forma interessante de se costurar um cenário, se torna de certa forma mais "vivo" para os jogadores. e por ser um cenário próprio, as ações desse grupo amior também influencia o mundo de campanha (chamado de Tresmundos)
      Sempre gostei dessas campanhas "paralelas" com apenas um jogador e um personagem, acho que a história se desenvolve de uma maneira mais individual e se pode explorar outros pontos que dificilmente podemos explorar em grupo, como relações humanas e afetivas.

      quem quiser dar uma olhada no meu cenário, pode acessar o blog http://cancoesdasluasdeinverno.blogspot.com.br/
      abraço!

      e carinha do módulos, volte a postar com mais frequencia (hehehe), que esse blog é muito 10!

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